Carlos Vereza dá vida à personagem título do filme "Bezerra de Menezes: O diário de um espírito" (2008).
Foto: Divulgação.
Não quero falar muito sobre esse filme... Nem teria coisas boas. É uma grande narrativa enfadonha carregada de equívocos. Para mim, que vi com amigos também artistas de Fortaleza, o melhor da produção foi reconhecer amigos e conhecidos em cena.
Por que será que fez sucesso no país? 17 semanas em cartaz? Eu não entendo. Ok, as pessoas podem estar se interessando bastante pela temática espírita, mas será que vamos ao cinema apenas para valorizar o cinema nacional? "Chico Xavier - O filme", outra produção sobre um médium brasileiro, foi um estrondoso sucesso, mas, para mim, completamente imerecido.
Acho ótimo que se faça cinema no Ceará! Nossa, isso é muito bom, traz investimentos, os atores se profissionalizam mais, etc, etc... Mas e a qualidade?
"Bezerra de Menezes: O diário de um espírito" não tem texto! Se eu fosse ler o script talvez morresse de tédio. E o filme tem apenas 70 minutos, mas a gente se esforçou para chegar ao fim.
A direção, assinada por Glauber Filho e Joe Pimentel, parece inexistente, desde a parte técnica às interpretações. A câmera é mantida estática quase que em todo o longa. Os atores têm blocos enormes de textos e não conseguem transmitir realidade nenhuma (a cena de "multidão" na sala de aula chega a ser constrangedora). Bem complicado... Lamentável até.